Estas duas imagens parecem não ter nada em comum. Para mim são apenas simbólicas. Para falar em festas de Junho não poderia deixar de ligar atualidade com o passado.
Como nosso país é imenso, também as culturas são diferentes.Festa na roça por exemplo no nordeste, nunca poderá ser como aqui no Sul, por causa do clima. Todo o nordeste brasileiro é muito quente e com temporadas as vezes grande de secas. Aqui no Sul é totalmente ao contrário, muito frio e chuvas. Imaginem ficar em volta de uma fogueira num calor de mais de 30 graus.
Bem para não me alongar no assunto, queria só citar as diferenças entre as festinhas juninas de cidade grande e do interior. Em cidades grandes por aqui, se vestem as crianças nas escolas com roupas caipiras. São com remendos nas vestes tanto das meninas como dos meninos. O costume é pintar com lápis ou carvão um bigodinho nos meninos, já as meninas usam tranças e fitas etc. Na verdade, talvez eles nem saibam muito bem porque todo este aparato, pois nas escolas não se usa mais ensinar religião. É tudo muito artificial. Perdeu-se o encanto pela não cultivação dos costumes. Quem mora na roça ou no campo, ainda seguem os rituais e os motivos das homenagens. Aqui não se dança forró em festas com fogueiras. Em todo lugar a festa é linda, mas diferenciada.
É mais gostoso mais autêntica, quando é no quintal ou no pátio de nossa casa, com familiares e amigos. Eu e meus irmãos, já começávamos a festejar desde o momento de juntar a lenha e tentar fazer um enorme monte para que ficasse bem alta. Era um divertimento a parte. O ruim era as broncas que se levava para não chegar perto do fogo. Já meus irmão tinham o prazer de nos jogar busca pés, só para nos ver correr pelo pátio. Era aí começava o gritedo das gurias e a nossa correria.
Era uma festa gostosa e esperada com ansiedade por todos.
Minha avó querida, sempre atenta não nos perdia de vista, e minha mãe não nos poupava de belas ameaças; " Te queima que tu ainda vai apanhar ". Éramos amados , por isto a festinha e a união em volta do fogo. Todos queriam pular a fogueira mas o direito era dos guris. Era tudo muito bom e saudável. Tanto é verdade que tenho guardado na memória, as chamas subindo e clareando a noite fria e estrelada.
Eu ainda sonhava até pouco tempo atrás, em fazer no mesmo pátio do sítio, festas lindas com meus filhos e netos.
Vejo agora o quanto isto é quase impossível. Os tempos e valores mudaram, e as pessoas se afastaram. Minha família diminuiu. Aqueles que me propiciaram momentos felizes, alguns já partiram. Fica apenas a doce saudade do que foi bom e do calor da fogueira, misturada ao calor do amor familiar. Nada mais de fogueiras a pular. Resta-nos pular, as barreiras que nos separam de sonhos para torna-los mais uma vez reais.
Como nosso país é imenso, também as culturas são diferentes.Festa na roça por exemplo no nordeste, nunca poderá ser como aqui no Sul, por causa do clima. Todo o nordeste brasileiro é muito quente e com temporadas as vezes grande de secas. Aqui no Sul é totalmente ao contrário, muito frio e chuvas. Imaginem ficar em volta de uma fogueira num calor de mais de 30 graus.
Bem para não me alongar no assunto, queria só citar as diferenças entre as festinhas juninas de cidade grande e do interior. Em cidades grandes por aqui, se vestem as crianças nas escolas com roupas caipiras. São com remendos nas vestes tanto das meninas como dos meninos. O costume é pintar com lápis ou carvão um bigodinho nos meninos, já as meninas usam tranças e fitas etc. Na verdade, talvez eles nem saibam muito bem porque todo este aparato, pois nas escolas não se usa mais ensinar religião. É tudo muito artificial. Perdeu-se o encanto pela não cultivação dos costumes. Quem mora na roça ou no campo, ainda seguem os rituais e os motivos das homenagens. Aqui não se dança forró em festas com fogueiras. Em todo lugar a festa é linda, mas diferenciada.
É mais gostoso mais autêntica, quando é no quintal ou no pátio de nossa casa, com familiares e amigos. Eu e meus irmãos, já começávamos a festejar desde o momento de juntar a lenha e tentar fazer um enorme monte para que ficasse bem alta. Era um divertimento a parte. O ruim era as broncas que se levava para não chegar perto do fogo. Já meus irmão tinham o prazer de nos jogar busca pés, só para nos ver correr pelo pátio. Era aí começava o gritedo das gurias e a nossa correria.
Era uma festa gostosa e esperada com ansiedade por todos.
Minha avó querida, sempre atenta não nos perdia de vista, e minha mãe não nos poupava de belas ameaças; " Te queima que tu ainda vai apanhar ". Éramos amados , por isto a festinha e a união em volta do fogo. Todos queriam pular a fogueira mas o direito era dos guris. Era tudo muito bom e saudável. Tanto é verdade que tenho guardado na memória, as chamas subindo e clareando a noite fria e estrelada.
Eu ainda sonhava até pouco tempo atrás, em fazer no mesmo pátio do sítio, festas lindas com meus filhos e netos.
Vejo agora o quanto isto é quase impossível. Os tempos e valores mudaram, e as pessoas se afastaram. Minha família diminuiu. Aqueles que me propiciaram momentos felizes, alguns já partiram. Fica apenas a doce saudade do que foi bom e do calor da fogueira, misturada ao calor do amor familiar. Nada mais de fogueiras a pular. Resta-nos pular, as barreiras que nos separam de sonhos para torna-los mais uma vez reais.
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